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sábado, 29 de novembro de 2008

Procedimentos para degelo de aeronaves

Nesta época do ano em que a temperatura aqui no Brasil começa a se elevar a preocupação com o frio quase não há, não é mesmo ? Mas como todos sabem no hemisfério norte o frio já começa a dar os "ares" de sua graça.


Para os pilotos brasileiros que fazem vôos internacionais para essa região há uma preocupação especial com esse frio, pois a baixas temperaturas e com uma certa umidade do ar a formação de gelo nas superfícies das aeronaves ocorre com muita facilidade. Durante o Vôo a aeronave possui um sistema de proteção contra a formação de gelo nas superfícies críticas ( bordo de ataque das asas e estabilizadores) e na entrada de ar do motor que proporcionam um vôo seguro e sem maiores complicações. Mas quando a aeronave está no solo, em um aeroporto sob condições meteorológicas adversas, a formação de gelo sobre as asas e no estabilizador é bastante comum e os sistemas de anti-icing ( anti gelo) da aeronave, que a protegem durante o vôo, não podem ser acionados em solo , pois dependem de suprimento de ar quente extraídos dos motores e, nem sempre, a aeronave pode estar com os motores acionados no solo . Existe também a intolerância dos dutos por onde passa esse ar quente ( altíssima temperatura) que podem ser danificados ( já que em vôo o ar de impacto proporciona a troca de calor necesária para manter esses dutos em uma temperatura que não sejam danificados). Para resolver esse problema então, os aeroportos possuem equipes que fazem o degelo das aeronaves quando ocorre o congelamento das superfícies. Essas equipes geralmente são compostas por membros da manutenção de aeronaves que aplicam fluidos a base de alcool ( etileno glicol) com equipamentos especiais e removem o gelo. Há fluidos que são aplicados sobre a aeronave para evitar o recongelamento proporcionando assim uma operação segura durante a decolagem da aeronave.


O tempo de proteção proporcionado pelos fluidos anticongelantes é chamado de HOLD OVER TIME ( HOT). O HOT varia de fluido para fluido , do tipo de mistura (fluido + água) e da temperatura ambiente.


Existem três tipos de fluidos que são o tipo I , tipo II e o tipo IV. O tipo I é usado somente para remover o gelo das superfícies da aeronave e não é eficaz para evitar uma nova formação de gelo. O tipo II e IV tanto são utilizados para degelar quanto para evitar a formação de gelo por um detrminado período . Esses fluidos podem ser utilizados em sua forma pura ou misturados com água aquecida a uma temperatura de 60° C em uma proporção de no máximo 50 por 50 (50% água e 50% fluido) . Normalmente usa-se a proporção 30-70 ( 30% de água e 70 % de fluido).


O Fluido deve proporcionar um HOT que cubra toda a operação da aeronave no solo até a sua decolagem. A formação de gelo sobre as asas e estabilizadores altera o perfil aerodinâmico dessas superfícies trazendo bastante transtornos para a tripulção durante a decolagem e podendo até ocasionar acidentes , pois a perda de sustentação da aeronave nesses casos é inevitável.




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